sexta-feira, 19 de junho de 2009

Sindroma tchã .







Vivendo nesta pequena cidade a beira mar há já quatro anos, aperçebo-me de um aspecto bastante infeliz. A insegurança individual é de tal maneira accentuada que as pessoas sentem necessidade de recorrer ao rebaixamento do outro, á desvalorização e ao não reconhecimento de algum valor intrinsico do outro.

Observo vezes sem conta o encerramento das pessoas dentro de grupos exclusivos.

Para mim o titulo de cidade é curioso e interessante. Primeiro porque este povoamento não tem tamanho nem físico nem psicologico para mercer tal título e a nível de infrastruturas socio-culturais a carência é ainda mais grave. Contudo neste aspecto "a cidade" reflecte o predicamento do povo, que julga-se mais do que é, que quer ser mais do que é , só pelo título so pelo apreço, pela admiração que anseiada de receber dos outros. As pessoas fecham-se, incapazes de dar porque só querem receber, fecham o coração, os olhos, a cabeça. Defendem-se de ataques imaginários. Comunicar é interpretado logo como um ataque e não uma tentativa de partilhar e compreender as differenças. Desta maneira é irónico que ultimamente a recriação histórica está muito na moda, realmente as mentalidades continuam a funcionar a um nível medieval para não dizer pre-histórico. Procura-se aumentar o próprio valor calcando e pisando nos outros numa tentativa futil de se elevar.

Na comunidade artistica isto é crónico e agudo ao mesmo tempo (se tal pode existir) Os tais artistas não só não são capazes de elogiar uns aos outros (só num grupo restrito, e só aos artistas consagrados numa tentativa visivelmente indignificante de engraxar e fixar a cunha, apesar de criticarem este sistema) como uma pessoa vira as costas e há logo o esquartejamento destructivo do trabalho que fizeram. Destructivo porque primeiro não foram capazes de criticar o trabalho na cara do artista e depois porque uma boa critica salienta as coisas que funcionam como as que não funcionam. Nenhuma obra de arte é completamente lixo, isso não é possivel tal com o conceito de perfeição.


Eu estou aqui para trabalhar se bem que mentalmente nunca consigo referir ao processo creativo como sendo "trabalho", eu amo o que faço e não sinto necessidade de chamar trabalho a algo que eu gosto fazer.

Trabalho à borla, não quero dinheiro, sou amadora, amo o que faço e porque amo, faço bem. Decerto que haverá sempre algumas pessoas que não irão gostar daquilo que faço mas fazer bem é eu gostar daquilo que faço, sentir me satisfeita, haverá sempre alguem que goste.
Uma vez no Brasil uma psicologa disse me que existe muita creatividade no Brasil porque as pessoas não estão tão preocupadas com aquilo que as pessoas pensam ou vão pensar do seu trabalho.

É sobre ser verdadeiro, deitar as coisas cá para fora da maneira que brotam e depois reorganiza-las, deita-las fora, reconstrui-las, duplica-las, não regras, não há pessoas so há arte como nós a vivemos.

Solução: Virar-me para as coisas verdadeiras, as coisas que interessam, as plantas, as paisagens, a natureza, música, poesia, comida, pintura, expressões verdadeiras, a minha filha, o riso, a areia, a nebulina.

Coisas verdadeiras

Coisas belas

Verdade

Beleza

terça-feira, 9 de junho de 2009

Faço parte disto, venham ver e tragam comida, bebida, instrumentos se quiserem.

DANÇA na QUINTA


O LAC – Laboratório de Actividades Criativas e a Quinta da Alfarrobeira apresentam Dança na Quinta da Alfarrobeira, no dia 13 de Junho de 2009, pelas 21h, dando continuidade à parceria cultural iniciada no ano passado. Este evento conta novamente com o apoio do Teatro Experimental de Lagos.

Para finalizar o curso anual de Dança Criativa, criámos uma apresentação de Dança para o espaço privilegiado da Quinta da Alfarrobeira – Vale da Lama, Odeaxere. Este curso procura desenvolver um trabalho de auto conhecimento, escuta e disponibilidade sensorial, através do corpo.

Como chegar:
De Lagos: EN125 para Portimão. Em Odeaxere, depois da praça à sua direita, siga em frente e vire à direita, seguindo os sinais de “Meia Praia”, “Palmares Golf”. Depois de mais ou menos 1,5km, a estrada divide-se em duas. Aqui virará para a esquerda (a “Meia Praia” e “Palmares Golf” são para a direita). A Quinta da Alfarrobeira é a primeira à direita no cimo de uma pequena colina.

Morada:
Quinta da Alfarrobeira
Estrada dos Palmares
8600-252 Odeaxere

Informações:
Tels: 282 798 424/ 96 531 03 51
lac.associacaocultural@gmail.com
bakker@mail.telepac.pt


* Os mosquitos também virão à apresentação! Tragam repelente!


A Quinta da Alfarrobeira é uma Unidade de Turismo no Espaço Rural que oferece espaço para eventos culturais e artísticos.

O LAC – Laboratório de Actividades Criativas – Associação Cultural é uma associação sem fins lucrativos, formada em 1995, sediada no edifício da antiga cadeia de Lagos. Tem como objectivo principal dinamizar e promover a criação artística no barlavento algarvio, nomeadamente na divulgação dos artistas residentes nesta zona, promovendo a interdisciplinaridade e o contacto destes com outros artistas e instituições culturais nacionais e internacionais, com vista à troca de ideias e intercâmbios de iniciativas.- LAC - Laboratório de Actividades CriativasLargo Convento Sr.ª da Glória 8600 - 660 LagosTlf. e Fax: 282 084 959www.lac-associacaocultural.blogspot.comwww.lac.web.pt
danca na quinta.JPG

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Happy children become happy adults. Happy adults make a better world.

In a better world there will only be happy children.
Crianças felizes tornam-se adultos felizes. E adultos felizes tornam o mundo num sitio melhor.

Num mundo melhor existirá crianças felizes.............